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Guiné-Bissau dá asilo ao anterior Presidente da República Centro-Africana, François Bozizé


François Bozizé, antigo Presidente da República Centro-Africana, e Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, em Bissau
François Bozizé, antigo Presidente da República Centro-Africana, e Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, em Bissau

Umaro Sissoco Embaló justificou a decisão com "razões humanitárias"

O antigo Presidente da República Centro-Africana (RCA), François Bozizé, está na Guiné-Bissau para um novo exílio, proveniente do Chade.

A revelação foi feita neste domingo, 5, pelo Presidente da Guiné-Bissau na página do Facebook General Umaro El Mokhtar Sissoco Embaló, em inglês: "Eu recebi hoje o antigo Presidente da República Centro-Africana François Bozize por razões humanitárias a pedido da Comunidade Centro-Africana".

Fontes em Bissau citadas pela imprensa internacional indicam, no entanto, que Bozizé chegou a Bissau na quinta-feira, 2, à noite, tendo sido recebido pelo Presidente Embaló e depois instalado numa casa paga pelo Estado guineense.

A presença do antigo Presidente da RCA no Chade estava a incomodar o Presidente Idriss Déby, que pretende manter boas relações com o Presidente da RCA, Faustin-Archange Touadéra, quem teme uma nova tentativa de golpe militar do seu antecessor.

Há algum tempo que o Chade e responsáveis de outros países tentavam encontrar outro lugar para o exílio de François Bozizé., que continua a ter apoios no país e tentado intervir na política nacional.

Em entrevista à Rádio France Internacional na quinta-feira, 2, o Presidente angolano, abordado sobre o assunto, disse que "a presença do ex-Presidente Bozizé no Chade é fruto de um trabalho realizado entre Angola, RCA e o Chade no tempo do Marechal Idriss Déby".

João Lourenço acrescentou que Luanda e Ndjamena desempenharam um papel importante para "convencer o Presidente Bozizé, quer de uma boa parte dos grupos rebeldes a deporem as armas".

"O Chade também cumpriu com a parte que lhe competiu, com o compromisso que assumiram de receber no seu território o Presidente Bozizé. Angola também cumpriu com a parte que lhe compete, mas ele está em território chadiano que mudou de liderança e a actual liderança é livre de querer ou não querer manter Bozizé no seu território", afirmou Lourenço que, questionado se o antigo Presidente iria Brazzaville ou Bissau, ele respondeu que "Angola cumpriu com a parte que lhe compete e daqui para a frente estamos a acompanhar".

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