O Procurador-geral da Republica (PGR), Bacar Biai, diz que a decisão da Comunidade Económica de Desenvolvimentos dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que obriga o presidente a demiti-lo carece de fundamento.
Biai apresentou, nesta terça-feira, 2 de Julho, o seu pedido de demissão a José Mario Vaz, tendo na ocasião afirmado que “é uma decisão descabida e não tem fundamento. Mas, aceito como guineense”.
Para ele, a CEDEAO “é uma vergonha para os cidadãos comunitários”.
O demissionário argumenta que “não há nenhuma disposição que habilite a CEDAO de imiscuir-se nos assuntos internos de um país, mas aceito. Só que, mais uma vez, a CEDEAO envergonhou os cidadãos comunitários”.
Continuando, Biai diz que pediu a demissão “para a estabilidade, paz e desenvolvimento da Guiné-Bissau” por ser “um soldado da República da Guiné-Bissau”.
Ele prometeu voltar ao Ministério Público, mais bem posicionado, enquanto magistrado de carreira “para combater as teias de corrupção, que é transnacional, que está a corroer as estruturas de desenvolvimento da Guiné-Bissau”.
O presidente-cessante deverá, até amanhã, nomear um novo Procurador-geral da Republica e o elenco governamental, seguindo exigência da 55a cimeira de Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, que teve lugar, no último sábado, 29 de junho, em Abuja, capital da República Federativa da Nigéria.