No quarto dia da campanha eleitoral, o candidato presidencial, Baciro Djá, acusou Domingos Simões Pereira de ter “penhorado” um dos recursos minerais do país, enquanto era Primeiro-ministro.
Perante os seus apoiantes, Baciro Djá argumentou que os meios que o candidato do PAIGC está a apresentar, na sua investida eleitoral, resulta do envolvimento dos recursos naturais do país.
Além de Domingos Simões Pereira, Djá revela a cumplicidade do antigo candidato presidencial, Paulo Gomes, em negócios ligados aos recursos minerais da Guiné-Bissau, “tendo sido abordado, por este, para, juntamente, com Simões Pereira aliarem-se nos referidos acordos, em troca de dois milhões de dólares”, refere.
E, sem citar o nome do país, em concreto, o candidato apoiado pela Frente Patriótico para Salvação Nacional afirma ter recusado receber os tais dois milhões de dólares nas anteriores eleições legislativas.
“Estão a trazer muitas viaturas para oferecer e muito dinheiro para a compra de consciência, porque venderam o país,” disse Djá.
E, em reação, Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC, nega tais acusações e esclarece que, enquanto primeiro-ministro, não assinou nenhum acordo que envolve os recursos naturais da Guiné-Bissau.
O candidato do PAIGC, que falava aos jornalistas no sul do país, sublinhou que “se alguém tiver alguma prova do seu envolvimento na alegada venda de recursos minerais do país que o apresente junto ao tribunal.”
Ainda nas contas da campanha eleitoral, por seu lado, o candidato Nuno Gomes Na Bian, do APU-PDGB, na esfera da tensa situação política, veio responsabilizar o presidente cessante, José Mário Vaz, pelas consequências que poderão advir, caso seja cumprido o decreto presidencial, que exonera o Governo de Aristides Gomes e nomeia Faustino Imbali ao cargo do primeiro-ministro.
“Pedimos ao JOMAV, na qualidade do Presidente da Republica que assuma as suas responsabilidades,” disse Na Bian.
A campanha eleitoral prossegue, enquanto o país vive na incerteza, perante o braço-de-ferro entre o presidente-cessante, José Mário Vaz, e o primeiro-ministro, Aristides Gomes, apoiado pela Comunidade Internacional.