Onze guerrilheiros da Renamo integrantes do grupo de dissidentes da autoproclamada Junta Militar decidiram entregar as armas no processo de desmilitarização, nesta quinta-feira, 2 de julho, em Muxúnguè, na província de Sofala, centro de Moçambique.
A informação foi dada pelo secretário-geral da Renamo, André Magibire, que presenciou o reinicio do processo.
Os 11 fazem parte dos 251 ex-guerrilheiros, das bases da Renamo localizadas a sul de Sofala, incluídos na segunda fase do processo de Desarmamento, Desmilitarização e Reintegração (DDR).
“Voltaram para se integrar no processo de DDR, e temos estado a receber mais noutras unidades” disse Magibire, considerando o recuo dos ex-guerrilheiros “um bom sinal”, para a reconciliação do país.
Os jornalistas não puderam verificar de forma independente esta deserção, ao não ser permitido o contacto com parte dos ex-guerrilheiros presentes no processo. Igualmente, não há informação sobre o número de integrantes da Junta Militar liderada por Mariano Nhongo.
Mariano Nhongo ainda nao comentou
“Sensibilizamos a eles para que voltem, e estão a aderir, e mostram-se arrependidos” disse André Magibire, que calcula novas deserções no grupo do antigo estratega do falecido líder da Renamo Afonso Dhlakama.
Magibire disse que a Renamo não teve nenhum contacto com Mariano Nhongo, mas manifestou abertura para o dialogo.
Mariano Nhongo ainda não se pronunciou sobre esta deserção.
Na ação iniciada nesta semana, além da reintegração de 251 ex-guerrilheiros, está previsto o encerramento da base de Mangomonhe, no distrito de Chibabava, sul de Sofala.
No total 5.221 guerrilheiros serão abrangidos pelo DDR.