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Guebuza: Electricidade de Cabora Bassa vai chegar a Maputo


O presidente Armando Guebuza, de Moçambique
O presidente Armando Guebuza, de Moçambique

As projecções indicam que, dentro dos próximos 20 anos, Moçambique vai triplicar a procura de energia doméstica

Tete ligada a Maputo

O presidente moçambicano, Armando Guebuza, lançou, hoje, em Maputo a primeira fase do Projecto da Linha de Transporte de Energia Tete-Maputo, para a construção da maior linha de energia do país, orçada em cerca de mil 800 milhões de dólares americanos.O projeto prevê a construção de uma linha de 1.400 quilómetros de longa e alta voltagem.

Moçambique garantiu nesta quinta-feira o financiamento para a construção da linha de transporte de energia que vai fazer a ligação entre a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e a cidade de Maputo.

São mil 800 milhões de dólares americanos que vão financiar a primeira fase do projecto, cuja viabilização foi garantida através de compromissos apresentados numa conferência que juntou o governo, países parceiros e instituições bancárias vocacionadas ao crédito internacional.

“A nossa principal missão hoje é mobilizar mil 800 milhões de dólares americanos para financiar a primeira fase do projecto”, disse a imprensa, o Presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique (EDM),Manuel Cuambe.

A construção da linha terá início em 2014 e terá uma capacidade de 400 kilowats em corrente alternada, devendo estar em funcionamento em 2017, dotando o país de uma capacidade para expandir a electrificação para mais regiões do país e da SADC, através de um sistema interligado do Norte ao Sul.

O Banco Mundial, os Bancos Europeu para Investimentos e Africano Desenvolvimento, a França, Noruega, Japão, China e Brasil, figuram da lista dos países e instituições que manifestaram interesse no financiamento daquele projecto.

De acordo com Manuel Cuambe, após a conclusão da primeira fase as atenções estarão centradas para a segunda fase do projecto, onde se projectam investimentos de cerca de mil milhões de dólares americanos.

“Depois de esgotada a capacidade da linha estaremos concentrados para a segunda fase onde será necessário investir mais mil milhões para duplicar a capacidade da linha, por forma a respondermos à crescente demanda que se projecta para o país e a região”, realçou o PCA da EDM.
De acordo com dados da EDM, a demanda da electricidade em Moçambique regista um crescimento anual de dois por cento. As projecções indicam que, dentro dos próximos 20 anos, Moçambique vai triplicar a demanda de energia doméstica dos actuais 1500 megawats para cerca de 4.500 megawats.

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