Mais um protesto contrário à nova Lei de Migração aconteceu em São Paulo, no Brasil.
O grupo "Direita de São Paulo" se manifestou na Av. Paulista na terça-feira, dia 16, pedindo que Michel Temer não sancione o projeto, que aguarda apenas a aprovação presidencial para virar lei.
O projeto alvo do protesto institui um novo marco regulatório para a entrada de estrangeiros no Brasil e substitui um texto que datava do período da Ditadura Militar.
O novo documento determina que as políticas de migração sejam alinhadas com os tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil é signatário.
No entanto, durante o protesto, os manifestantes de direita se mostraram contrários à entrada de imigrantes no Brasil especialmente de religião islâmica e disseram que a nova lei de migração ameaça a soberania nacional.
Alguns manifestantes do grupo defenderam o regresso da intervenção militar.
Outros vestiam camisetas com imagens do deputado Jair Bolsonaro, da bancada evangélica, pré-candidato às próximas eleições presidenciais.
O grupo organizador do protesto é o mesmo que esteve envolvido no conflito que levou à prisão de dois palestinos no início deste mês.
Apesar de serem poucos os manifestantes, o clima era de tensão.
Houve policiamento ostensivo durante todo o ato, que chegou a ocupar duas faixas da avenida paulista.
Em alguns momentos, manifestantes de direita confrontaram-se com pedestres que caminhavam pela região.
A tradutora Aletheia Silvestre passava pelo local quando se deparou com a manifestação e protestou contra o discurso de ódio à entrada de imigrantes no Brasil.
Passageiros de ônibus também se posicionaram contra a manifestação.
Em resposta, alguns manifestantes de direita bateram nos vidros dos ônibus e insultaram os passageiros.
Os manifestantes de direita encerraram o ato gritando apoio aos policiais militares.