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Greves e suspensões de trabalho por falta de pagamento afectam empresas angolanas


Os trabalhadores da empresa Bolloré Africa Logistcs Angola Lda, começaram na manhã desta quinta-feira, 3, uma greve com fim previsto para o dia 9 deste mês, que pode ser prolongada caso não houver qualquer entendimento com a entidade patronal.

A greve visa exigir o ajuste salarial devido ao câmbio praticado pelo Banco Nacional de Angola, situação que tem afectado várias empresas.

A Bolloré África Logistics é a principal rede integrada de logística em África, especialista no transporte de materiais e produtos para plataformas de petróleo no Golfo da Guiné, e presta serviços para projectos de mineração em África.

Otávio Lucas José Pacheco, porta-voz dos trabalhadores diz que, além do ajuste salarial, exigem "um qualificador ocupacional mais justo", que é o instrumento de gestão que visa analisar e descrever de forma pormenorizada cada função existente na estrutura laboral, permitindo o reenquadramento das categorias e grupos profissionais em função da gralha salarial.

Entretanto, 23 trabalhadores da empresa PRIDE/ENSCO, que promoveram no mês de Junho uma paralisação parcial para exigirem o ajuste salarial com base ao câmbio praticado pelo Banco Nacional de Angola, foram despedidos da empresa a 30 de Junho deste ano.

O caso, no entanto, está na justiça e o delegado sindical da PRIDE/ENSCO, também ligada ao ramo petrolífero, Midi João Finda, diz que os responsáveis da empresas serão ouvidos no no tribunal.

A VOA sabe que a Rádio Despertar, emissora afecta à UNITA, também paralisou os trabalhos em virtude de não pagar salários há três meses.

De recordar que várias empresas têm sido obrigadas a paralisar as suas actividades devido ao atraso no pagamento de salários.

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