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Grandes empresas e executivos americanos fazem frente à restrição do direito de voto


Apelo ao voto num armazém da Amazon em Bessemer, Alabama
Apelo ao voto num armazém da Amazon em Bessemer, Alabama

Amazon, Google, GM, Netflix, Starbucks, BlackRock e o mega-investidor Warren Buffett estão entre os subscritores da iniciativa

Centenas de empresas americanas uniram-se num comunicado divulgado nesta quarta-feira, 14, contra a decisão de alguns Estados de restringir o direito ao voto, um movimento que tem ganho força nos últimos dias.

Entre as companhias estão as gigantes Amazon, Google e GM, além de Netflix, Starbucks, BlackRock, às quais se juntou o mega investidor Warren Buffett.

A iniciativa acontece depois do Estado da Geórgia, chave na disputa eleitoral em 2020 e controlada pelos republicanos, aprovar uma lei que endurece as regras eleitorais.

As principais mudanças enfocaram-se na votação por correio, usado por mais de 1,3 milhão de eleitores em Novembro do ano passado, e que, segundo observadores, contribuiu sobremaneira para a vitória de Joe Biden, o primeiro democrata a vencer na Geórgia desde Bill Clinton, em 1992.

Democratas catalogaram a lei aprovada na Geórgia de "supressão de votos" e compararam as novas regras aos tempos de segregação racial.

Por seu lado, os republicanos afirmam que as mudanças trazem mais segurança ao processo eleitoral e evitam erros.

Como democratas e activistas, bem como organizações desportivas, as companhias e executivos dizem opor-se a "qualquer legislação discriminatória" que torne mais difícil aos americanos votarem.

Antes do comunicado conjunto, algumas empresas já haviam se manifestado a nível individual contra a lei na Geórgia, como a Coca-Cola e a Delta Airlines, mas elas não assinaram o documento de hoje.

O jornal "The New York Times" diz que a declaração foi organizada por Kenneth Chenault, ex-presidente-executivo da American Express, e Kenneth Frazier, presidente-executivo da farmacêutica Merck.

Chenault e Frazier lideraram um grupo de executivos negros que já haviam pedido, no mês passado, que as empresas se envolvessem mais na oposição a mudanças nas legislações semelhantes à da Geórgia.

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