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Grã-Bretanha adverte seus navios a evitarem o estreito de Ormuz


Petroleiro Stena Impero, no porto de Bander Abass.
Petroleiro Stena Impero, no porto de Bander Abass.

A Grã-Bretanha adverte os seus navios a ficarem longe do estreito de Ormuz por "um período interino", após um petroleiro de propriedade britânica ter sido apreendido pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irão na área.

Uma porta-voz do governo britânico disse, neste sábado, 20, após uma reunião do comité de emergências, que "continuamos profundamente preocupados com as acções inaceitáveis do Irão, que representam um claro desafio para a liberdade de navegação internacional".

As autoridades marítimas do Irão pediram a captura da Stena Impero, de bandeira britânica, por "não seguir as regulamentações marítimas internacionais", segundo a Guarda Revolucionária, um ramo das forças armadas iranianas.

O Irão diz que o petroleiro e todos os seus tripulantes foram levados para Bander Abbas, na costa sul do país.

Os proprietários do Stena Impero, cujo destino era Arábia Saudita, disseram, na sexta-feira, 19, que não puderam contactar a embarcação, com 23 pessoas a bordo, que "seguia para o norte em direção ao Irão", depois da aproximação de "pequenas aeronaves e um helicóptero" no Estreito.

Autoridades em Londres dizem que um segundo petroleiro de bandeira liberiana e propriedade britânica, o Mesdar, também foi brevemente detido por forças iranianas, na sexta-feira.

O seu proprietário confirmou que a embarcação havia sido liberada e a data de rastreamento mostra que o petroleiro agora segue para o oeste do Golfo Pérsico.

Oficiais do governo britânico dizem que a detenção dos dois petroleiros é uma violação da livre passagem de embarcações em águas internacionais.

"Essas apreensões são inaceitáveis", disse Jeremy Hunt, secretário de Estado britânico para Assuntos Internacionais e da Commonwealth.

Ele disse que Londres "responderia de forma ponderada, mas robusta" à acção do Irão, mas que "não estamos a considerar opções militares, buscamos uma maneira diplomática para resolver a situação”.

Um porta-voz militar dos Estados Unidos, o tenente-coronel Earl Brown, disse nesta sexta-feira, 19, que aeronaves desarmadas de vigilância monitoram o estreito de Ormuz, a partir do espaço aéreo internacional, e que os militares entraram em contacto com navios americanos para garantir a sua segurança.

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