Depois dos observadores nacionais manifestarem desagrado com o ritmo e falta de avanços no diálogo político, o Governo também veio a público manifestar preocupação e acusar a Renamo de ser o causador do problema. O maior partido da oposição já reagiu.
No meio de vários impasses, o Executivo começa a questionar as intenções do principal partido da oposição, a quem acusa de estar interessada em prolongar o processo.
Em reacção à insatisfação levantada pelo Governo e observadores, Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo no diálogo político, nega que seja culpada pelos impasses e diz mesmo que também está preocupada com a situação.
Tal como nos 135 dias iniciais, os observadores internacionais continuam à espera de avanços no diálogo para cumprir as suas tarefas. Quando faltam 30 dias, dos 60 que foram estabelecidos para a esta segunda fase da missão dos observadores, a Renamo diz que, havendo vontade entre as partes, pode-se avançar muito, mas defende que a desmilitarização das suas tropas é um processo complexo que vai precisar de mais tempo.
O Governo discorda e quer que a Renamo se desmilitarize dentro dos 30 dias que restam para o fim do mandato dos observadores militares internacionais, convidados para supervisionar o processo.