O Governo da Ucrânia iniciou uma investigação à possibilidade da antiga embaixadora americana no país, Marie Yovanovitch, ter sido vigiada de forma ilegal antes de ser afastada do cargo.
Um porta-voz do Ministério do Interior relevou que "a posição da Ucrânia é de não interferir nos assuntos domésticos dos Estados Unidos", mas admitiu que "informações divulgadas apontam para uma possível violação da legislação da Ucrânia e da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que protege os direitos de um diplomata no território de outro país".
O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 16, dois dias depois dos legisladores democratas terem apresentado documentos nos quais Lev Parnas, um empresário que colaborou com o advogado pessoal do Presidente americano, Rudy Giuliani, na campanha de pressão à Ucrânia, admitiu terem existido mensagens sobre o afastamento de Yovanovitch.
Lev Parnas, acusado de fazer contribuições ilegais à campanha de Trump, disse que o Presidente sabia dos esforços de Giuliani para pressionar a Ucrânia a iniciar investigações a um dos principais adversários democratas de Trump em 2020, o ex-vice Presidente Joe Biden.
O vice-presidente Mike Pence, rejeitou as alegações de Parnas afirmando que ele "dirá qualquer coisa" para ficar fora da prisão.
A tentativa de Trump de pressionar o Presidente ucraniano,Volodymyr Zelenskiy, pela investigação de Biden e o seu filho Hunter Biden, está no centro do processo de impugnação contra o Presidente que está em julgamento no Senado.