O Governo de São Tomé e Príncipe revelou ter impedido o que denomina ter sido uma "acção terrorista" que visava o sequestro do Presidente da República, do presidente da Assembleia Nacional e a eliminação física do primeiro-ministro.
Num comunicado enviado à imprensa nesta quarta-feira, 8, o Conselho de Ministros confirma, como a VOA informou ontem, a prisão “por enquanto de três indivíduos de nacionalidade espanhola e dois cidadãos nacionais".
"Além destas detenções, foram apreendidos na posse dos três cidadãos espanhóis que actuavam no país como mercenários, material bélico, facas de mato, granadas, binóculos e óculos de visão noturna, uniformes estrangeiros com distintivos nacionais, entre outros", diz a nota que revela ter o Governo activado “imediatamente os mecanismos internacionais de entreajuda em casos semelhantes com países amigos e a Interpol que responderam prontamente na assistência à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Judiciária".
O Executivo garante ter “o controlo total do país e garante a segurança individual e colectiva de todos os cidadãos e seus bens, bem como assegura a total liberdade de circulação sobre todo o território do país".
Os acusados são dois são-tomenses, entre eles o antigo ministro da Juventude e Desporto, Albertino Fernandes, e um membro do extinto Batalhão Búfalo sul-africano, cuja nome não foi divulgado, e três cidadãos espanhóis são acusados de terem sido detidos no sábado, 4, à noite dentro do recinto do Morro da Trindade, a residência oficial do Presidente Evaristo Carvalho.
Eles foram acusados de tentativa de alteração da ordem constitucional através de meios violentos.