O Governo moçambicano propôs hoje, em Maputo, uma base de 300 lugares para reintegrar e enquadrar os homens residuais da Renamo nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e na Polícia da Republica (PRM).
Contudo, a Renamo exige, primeiro, que se crie e se aprove o modelo da respectiva reintegração e enquadramento.
José Pacheco, chefe da delegação do governo e Ministro da Agricultura, informou que dos 300 lugares propostos pelo Governo, 200 estão na PRM e 100 nas FADM.
Pacheco sublinhou ainda que apesar de se ter avançado com a proposta, o Governo continua a aguardar pela lista da Renamo referente aos seus homens por reintegrar e enquadrar, bem como a sua devida localização.
Questionado sobre os critérios para avançar com os 300 lugares, José Pacheco explicou que a proposta surge dos contactos feitos no passado entre as duas partes que davam conta da existência de entre 100 e 200 homens residuais.
Quanto à despartidarização do Estado, a fonte governamental disse não ter havido avanços por falta de tempo, adiantando que “o assunto continua em carteira”.
Por seu turno, o chefe da delegação da Renamo e deputado pelo mesmo partido Saimone Macuiana disse haver ainda um grande trabalho para apresentar o modelo de reintegração e enquadramento dos homens da Renamo. “Temos de aprovar, o mais rapidamente possível, o modelo de reintegração e enquadramento (…) porque permitirá a efectivação dos acordos já alcançados”, explicou.
Macuiana reiterou a vontade da Renamo de continuar aberta a uma solução duradoira sobre os temas ainda em discussão.
Renamo aguarda o modelo de reintegração e enquadramento.