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Governo moçambicano pode não aceitar proposta de credores da dívida, dizem analistas


Credores sugerem o pagamento de 200 milhões de dólares até 2023 e o resto em função das receitas de gás.

O comité dos credores da dívida soberana de Moçambique propôs às autoridades Maputo o pagamento de apenas 200 milhões de dólares até 2023, e a partir daí receber o restante em função das receitas do gás.

Contudo, alguns analistas dizem ser pouco provável que o Executivo aceite esta proposta, porque exclui os detentores de empréstimos contraídos por duas empresas públicas no valor de 1.4 mil milhões de dólares.

De acordo com a proposta, Moçambique pode não pagar 80 por cento do valor previsto no acordo inicial até 2023, o que significa que o país deixa de pagar cerca de mil milhões de dólares nos próximos cinco anos.

Alguns analistas dizem que o facto de a proposta dos credores não mencionar o tratamento que o governo moçambicano deve dar a esses credores, pode fazer com que a mesma seja rejeitada, argumentando não ser acomodável, tendo em conta as dificuldades que o país enfrenta.

O governo ainda não reagiu oficialmente a esta proposta, mas analistas não têm dúvidas de que foram as dívidas das empresas Ematum, ProIndicus e Mam, que fizeram disparar a dívida moçambicana.

Refira-se que o governo moçambicano defende que tem de haver paridade no tratamento dos diferentes credores, mas os detentores dos títulos da dívida pública emitidos em 2016 argumentam que já tiveram uma renegociação dos termos quando aceitaram trocar os títulos obrigacionistas da Ematum por títulos de dívida pública, em 2016.

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