Estamos num país que não está habituado e não quer ganhar o hábito da boa governação, disse o chefe da bancada parlamentar da UNITA Raúl Danda.
O deputado comentava o relatório da conta geral do estado de 2013 que foi discutido no parlamento e aprovado com os votos do partido no poder e os votos contra de toda a oposição.
Um deputado do MPLA negou a acusação afirmando que o governo apresenta “com transporência e lisura” as contas do estado
Um relatório do tribunal de contas fez notar alguns problemas como a contratação publica por parte de algumas províncias, discrepâncias entre dados da conta geral do estado de 2013 e os apresentados pelo ministério do planeamento e pelos governadores provinciais, principalmente no que diz respeito à execução do programa de investimentos públicos e ainda a não correspondência entre a execução financeira e a execução fiscal de alguns projectos.
A classe política e económica ao serviço do partido no poder reconhece as dificuldades que o executivo angolano tem vindo a revelar para justificar as contas mal feitas e as despesas que apresenta quanto ao exercício económico dos orçamentos passados mas consideram tratar se de uma fase de aprendizagem sobre a gestão dos bens públicos apesar de algumas instituições não apresentarem contas transparentes e credíveis como ao os casos da presidência e a procuradoria geral da republica.
Danda diz que tem havido falta de vontade politica para fazer bem as contas e de forma coerente.
“Estamos num país que não está habituado e não quer ganhar o hábito da transparência da boa governação”, disse Danda para quem o relatório do tribunal de contas tem vindo ao longo dos últimos anos “a recomendar as mesmas coisas, a constatar os mesmos erros e omissões”.
Isso, disse,” demonstra que não é uma questão de aprendizagem é um problema de falta de vontade de fazer as coisa bem”.
“O tribunal de contas está sempre a dizer que os senhores membros do executivo onde dizem que pagaram dez milhões de dólares por alguma coisa apenas pagaram cinco e que os outros cinco vão para um sítio incerto”, disse.
“A mesma despesa é paga duas ou três vezes”, acrescentou, afirmando ainda que “nós na escola aprendemos contas de somar e o nosso governo aprende contas de sumir”.
Bendito Daniel do PRS disse que os partidos d aposição no parlamento não tem condições de comprovar “se as coisas foram feitas ou não”.
O deputado do MPLA Tomás da Silva rejeitou as acusações afirmando que mesmo internacionalmente Angola é reconhecida por apresentar as suas contas.
O governo, disse, “apresentou com transparência e lisura as actividades financeiras da suas instituições e empresas publicas”.
Para Tomás da Silva o debate parlamentar sobre as contas do estado só por si “ demonstra que estamos no bom caminho”
“Os números foram identificados com rigor e reflectem o que foram de facto as despesas”, disse.