As escolas em avançado estado de degradação no município de Malanje serão enceradas em breve e os alunos serão transferidos para estabelecimentos escolares com melhores condições.
A decisão é do governador de Malanje Norberto Fernandes dos Santos depois de visitas a algumas escolas.
Além da falta energia eléctrica e água canalizada os professores reclamaram actualizações permanentes.
A aluna Georgina da Conceição Francisco Ngunza referiu que entre as dificuldades vividas no local estão “a falta de energia e água canalizada e espera que o governador possa fazer tudo e qualquer coisa para nos ajudar”.
A inquietação foi compartilhada pela colega Rosa Bravo Kiluanje, acrescentando que “a água do bairro chega até a escola, entra muito lixo e à noite não há energia eléctrica nem água canalizada”.
A escola primária Nº 87 – Deolinda Rodrigues do bairro da Cangambo, com cerca de 1.500 alunos nos três períodos, será a primeira a ser encerrada para obras de restauro ou destruição .
“Já pedi ao senhor director para com a Administração Municipal tentar retirar aquelas crianças daquele sitio e transladá-las para outras escolas até o Governo provincial construir uma nova escola”, disse o governador de Malanje, Norberto Fernandes dos Santos.
A situação das escolas do município sede foi analisada recentemente num encontro que o governador realizou com os gestores de estabelecimentos públicos e privados do sector da educação, com a participação do director provincial da Educação, Ciência e Tecnologia, Gabriel Alexandre Boaventura.
A maioria dos estabelecimentos de ensino públicos apresenta um avançado estado de degradação, deixando de leccionar à noite, como lamentou o secretário provincial do Partido de Renovação Social, Eduardo Hilário Francisco.
“Tudo se fez para se acabar com o ensino nocturno nas escolas públicas, ficando aí em algumas escolas que nós conhecemos”, confirmou, justificando que o mesmo “passou para os colégios privados. E de quem são?”.
Eduardo admitiu que os donos dos colégios privados são “os próprios responsáveis da educação na província”.
A entrada no sector de pessoas sem agregação pedagógica, inclusive aquelas não que não sabem escrever o próprio nome, constitui parte do problema para a deficiente qualidade de ensino.
O ano lectivo 2016 iniciou com a falta de material didáctico para alunos e professores e com um défice de mais de dois mil alunos.