O Governo da Guiné-Bissau respondeu às afirmações do antigo primeiro-ministro e presidente do PAICG, na oposição, Domingos Simões Pereira, que acusou o Executivo de o impedir de chefiar a missão de observação da União Africana (UA) à segunda volta das eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe no domingo, 5.
Simões Pereira disse ontem em Lisboa que tal não aconteceu “porque as autoridades guineenses exprimiram reticência sobre a sua designação junto a União Africana” e que a atitude das autoridades guineenses revela “o carácter antidemocrático e de absoluta ignorância às leis”.
Nesta sexta-feira, 3, o porta-voz do Governo, Fernando Vaz, disse que não há nada de estranho na “decisão final” da UA, sustentando que um dos critérios para este tipo de missão é que “a personalidade deve dar provas incontestáveis do seu compromisso para com a democracia no seu país".
Na opinião de Vaz, o facto de Domingos Simões Pereira não ter aceite o resultado das últimas presidenciais revela que “não reúne condições para chefiar a missão da União Africana na segunda volta das eleições presidenciais”.
“Nós não podemos sancionar a participação de Domingos Simões Pereira na missão de observação da União Africana”, concluiu Vaz, precisando, no entanto, que a sua decisão não vincula a UA.
O antigo primeiro-ministro também criticou a UA ao afirmar que “a vulnerabilidade das organizações regionais da África, ao permitirem este nível de promiscuidade e condicionamento das suas acções.