A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), na sigla em inglês, reúne-se nesta segunda-feira, 12, com o Governo, para, entre outros assuntos, exigir uma maior ligação do sector privado à indústria extractiva.
Trata-se da XV Conferência Anual do Sector Privado e o Executivo, destinada à discussão dos principais assuntos que afectam o empresariado.
Em debate estarão temas relacionados com o financiamento do sector privado, o acesso à terra, mas, segundo um empresário da praça, a ligação do sector privado à industria extractiva, será um dos principais assuntos desta conferência, que contará com a presença do Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi.
Este tema será debatido numa altura em que alguns sectores da sociedade moçambicana afirmam que figuras influentes do poder político têm um grande peso nos negócios da indústria extractiva, que inclui petróleo, gás, carvão, entre outros recursos.
O director do Fórum Observatório do Meio Rural, o economista João Mosca, diz que existem muitas empresas constituidas para a distribuição de gás e para fazer a logística de companhias envolvidas na exploração de recursos energéticos, entre outras actividades.
"Se nós formos a ver a constituição dessas empresas, naturalmente que vamos lá encontrar pessoas do sistema de poder, e muitas vezes existe uma perfeita relação entre quem são essas pessoas, quais são os seus pronunciamentos no sistema de poder e qual é a sua origem étnica", enfatizou aquele economista.
O sector privado pretende é uma maior participação nos negócios da indústria extractiva, de modo a que sobretudo as pequenas e médias empresas possam continuar a ser aquelas que criam mais postos de trabalho.
