O Governo São-tomense disse, na segunda-feira, 27, que não existe corrupção no caso da empresa CAPA, criada por partidos políticos da actual coligação no poder para comercializar o arroz doado pelo Japão.
Esta reação do Governo surge na sequência da denúncia do ex-presidente da República, Fradique Menezes, segundo a qual o acordo de venda do arroz feito com a sociedade CAPA foi suspenso para beneficiar o candidato do MLSTP-PSD, nas últimas eleições presidenciais.
O secretário de Estado da Indústria e Comercio, Eugénio da Graça, disse que o Governo tem como principal bandeira a “gestão transparente da coisa pública”, e a denúncia de Menezes não reflecte a verdade.
“Isto não tem nada a ver com questões políticas. O acordo só foi suspenso por incumprimento da empresa no que toca ao valor da comercialização do arroz estabelecido no contrato com o governo”, afirmou.
No que toca aos nomes indicados pelos partidos da actual coligação governamental, MLSTP-PSD, PCD e MDFM-UDD, para fazem parte da empresa CAPA, conforme declarou Fradique de Menezes, Eugénio da Graça explicou que “essas pessoas, além de serem dirigentes de partidos políticos no poder, têm o comercio como a sua actividade principal, e foi nesta qualidade que foram indicadas para constituir a empresa CAPA”.
O governante cujo gabinete foi alvo de busca e apreensão de documentos pelo Ministério Público, na quinta-feira, 23, devido a este caso, disse que a empresa CAPA não foi criada para a venda exclusiva do arroz doado pelo Japão.
Quanto a investigação do Ministério Publico, ele negou comentar, mas prometeu colaborar com a justiça para o esclarecimento do caso.