Cinco dias depois da detenção do antigo ministro das finanças de Moçambique, Manuel Chang, o governo Moçambicano ainda não reagiu, apesar da pressão de vários ramos da sociedade.
Mesmo assim, os partidos da oposição continuam a pressionar.
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), através do seu porta-voz Sande Carmona, veio a público exigir que o governo esclareça este caso.
"O governo de Moçambique ainda não apareceu publicamente a esclarecer, a informar, a actualizar o seu povo sobre as reais causas que tornam o nosso país a ser visto como um com os órgãos de justiça incompetentes, inoperantes,” disse Carmona.
Por seu turno, José Manteigas, porta-voz da Renamo, encorajou a justiça americana a prosseguir com o caso.
"A consumar-se está detenção, gostaríamos que efectivamente tivesse um desfecho sobre o qual houvesse uma responsabilização de todos actos ilícitos praticados”, disse Manteigas.
Para Manteigas “não é credível e nem expectável que o governo sul-africano aceite o tal pedido que se está a fazer ao ANC para que traga de volta à Moçambique o senhor Manuel Chang".
Manuel Chang foi detido, semana passada pelas autoridades sul-africanas, na sequência de um mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos da América.
Ele é acusado de crimes de natureza financeira.
Num comunicado divulgado em Maputo, a embaixada dos Estados Unidos da América informou que não se pronuncia em casos ligados à justiça, submetendo qualquer reação à este caso ao Departamento da Justiça dos EUA.
O antigo ministro moçambicano volta ao tribunal no dia 8 deste mês.