O Governo de Moçambique defende o regresso ao país dos cerca de quatro mil cidadãos que fugiram para o vizinho Malawi devido a confrontos entre o exército e homens da Renamo no distrito de Moatize, na província de Tete.
O anúncio foi feito pelo Alto Comissário de Moçambique no Malawi, Jorge Gune, em declarações à Rádio Moçambique, depois de visitar o centro de acolhimento de Kapise, no distrito malawiano de Mwanza.
Na terça-feira, o presidente do MDM, na oposição, Daviz Simango apelou o Governo a assumir a questão dos refugiados e a não considerá-los emigrantes.
Há algumas semanas, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados alertou para a situação crítica dos moçambicanos no Malawi e advertiu que o número não parava de aumentar.
Agora, Jorge Gune explica que a ideia do Executivo de Maputo passa pela abertura de um centro de acomodação no posto administrativo de Zóbwè.
Desde quarta-feira, equipas dos dois governos estão a analisar a situação e as formas de a resolver.