O Governo da província angolana de Luanda proibiu uma manifestação no dia 1 de Maio contra o lixo, organizada por elementos da sociedade civil em protesto contra o que se convencionou chamar de crise do lixo.
“Luanda Lixada” pretende ser um grito contra o acumular de lixo na capital angolana que levou, na semana passada, a UNITA a pronunciar-se sobre o assunto e a responsabilizar o Presidente João Lourenço e a governadora Joana Lina pela situação.
O Governo provincial alegou que o decreto presidencial de 26 de Março proíbe a concentração de mais de 10 pessoas devido à Covid-19.
Entretanto, um dos promotores da manifestação, Israel Campos, divulgou na na sua página no Instagram fotos de manifestações realizadas, no passado sábado, em várias cidades contra o aumento dos preços das matrículas no ensino superior, bem da marcha das mulheres, em Luanda e de actividades públicas de militantes do MPLA e da UNITA.
Por isso, os promotores garantem que vão desafiar as autoridades e protestar no dia 1.
Greves
Por outro lado, na segunda-feira, 26, os professores do ensino geral em todo o país iniciam uma nova greve contra a falta de promoções e o incumprimento por parte do Governo do caderno reivindicativo apresentado há três anos.
O presidente do Sindicato Nacional de Professores (Sinprof), Guilherme Silva, em entrevista à VOA, disse que um encontro na passada terça-feira não produziu qualquer resultado porque as autoridades alegaram falta de dinheiro para as promoções em função do tempo de serviço.
Soube-se também em Luanda que trabalhadores do Tribunal Supremo pretendem entrar em greve dentro de 10 dias por melhores condições de trabalho e aumento salarial.
Em Dezembro, a classe tinha feito uma greve geral para exigir melhores condições de trabalho e aumento de salários.
Tal como agora, eles pediam a equiparação salarial dos funcionários do Tribunal Supremo, com os outros funcionários (de outros órgãos de soberania) que têm um salário de duas três vezes superior, segundo alegou a Comissão Sindical.