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Governo de Benguela não paga empresa de recolha de lixo desde Junho de 2014


Isaac dos Anjos
Isaac dos Anjos

As empresas poderão deixar de fazer a recolha

Pouco depois do alerta para a iminência de um surto de cólera no Lobito, o governador da província de Benguela vem a terreiro revelar que as empresas de recolha de lixo não são pagas desde Junho de 2014.

Na semana em que admitiu um cenário de paralisação dos trabalhos, Isaac dos Anjos reafirmou que as dificuldades do momento exigirão da população mais comparticipação nos serviços sociais.

Em resposta, a Casa-CE volta a defender a realização de eleições autárquicas.

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A zona alta do Lobito, com uma comunidade a alertar para o risco de cólera, é o caso mais evidente, mas são as quatro cidades do litoral da província de Benguela a braços com o problema do lixo.

Isaac dos Anjos, em semana de desabafos, por força de irregularidades nos concursos públicos e da fuga de informação, não podia ter sido mais contundente.

“As cidades de Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta têm problemas de saneamento básico e de recolha de lixo. Não efectuamos pagamentos desde Junho de 2014, daí que podem deixar de operar a qualquer momento’, salienta o governante, que antevê um ano complicado, à semelhança do anterior, e advertiu a população para a necessidade de ter de comparticipar mais nos serviços sociais.

Ainda em relação aos prejuízos causados pelas chuvas, o governador de Benguela endereçou recados a titulares de Administrações Municipais.

“Não é normal que seja sempre assim, na Catumbela e na Baía Farta”, realça o governador, que pondera trocar de dirigentes para dar resposta aos desafios

As palavras de Isaac dos Anjos mereceram uma reacção da CASA-CE.

De visita a Benguela, o secretário-geral Leonel Gomes afirmou que a comparticipação da população não resolve o problema.

São as autarquias, segundo refere, a fórmula para a resposta à má governação e pede eleições autárquicas.

“O MPLA tem medo de realizar eleições autárquicas, é o que falta. Não é normal que alguém que esteja na Cidade Alta diga que o projecto para um município do interior seja este ou aquele”, conclui o deputado, bastante crítico em relação ao que chama de má governação.

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