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Governo da Venezuela ataca imprensa


A legalização onetm da prisão do líder opositor Leopoldo López e a morte da modelo Génesis Carmona aumentam tensão na Venezuela.

O presidente Nicolás Maduro disse que o Estado de Táchira tem sido atacado por paramilitares da Colômbia, mas garantiu que a soberania permanecerá na Venezuela. O anúncio do Presidente venezuelano acontece depois de o governador, José Gregório Vielma Mora, denunciar que 120 alegados paramilitares entraram na região provocando instabilidade e atacando várias unidades de serviços públicos.

Observadores e jornalistas dizem, no entanto, que o presidente está a tentar desviar o foco do problema que é a insatisfação popular, mormente depois de o tribunal ter legalizado ontem a prisão do líder opositor Leopoldo López.

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O presidente Maduro referiu-se assim López: "Este fascista que detivemos e que está bem guardado na prisão, foi julgado por ser responsável por esta tentativa de golpe de Estado. Ele tem que responder (junto com) os seus cúmplices por este golpe. Alguém é responsável por todos os actos violentos que acontecem neste país. Um deles está na cadeia. Os outros irão chegar, um por um, da mesma forma, para a mesma cela. Eu não tenho nenhuma dúvida disso. Vou defender a democracia e a paz no país".

Hoje a notícia da morte da modelo Génesis Carmona na sequência de um tiro recebido durante os protestos em Valencia intensificaram ainda mais a radicalização das posições do Governo e da oposição.

A jornalista brasileira Elianah Jorge disse à Voz da América que a noite de ontem foi de terror na capital Caracas e noutras cidades do país.

Muitos manifestantes ficaram encurralados em prédios após fugirem dos ataques da Guarda Nacional que usou gás lacrimogéneo.

A imprensa também virou alvo das autoridades que proibiram às rádios e televisões cobrir as manifestações.

Mais de 30 jornalistas foram agredidos nas últimas semanas e um correspondente da CNN teve câmaras, equipamentos de transmissão e telefones apreendidos.

Segundo Elianah Jorge, a imprensa é praticamente censurada e a liberdade de informação está muito limitada.

O Presidente da Venezuela expulsou domingo três diplomatas americanos e acusou os Estados Unidos de incitarem à violência no país, assim como a Colômbia.

Ontem, no México, o presidente Barack Obama, fez criticas contundentes à Venezuela e disse que, em vez de fazer "falsas acusações" contra os diplomatas dos Estados Unidos, o governo da Venezuela deveria focar -senas "reivindicações”.

O presidente americano pediu a libertação dos manifestantes detidos e o início de um diálogo entre as partes.
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