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Governo angolano promete eleições livres e UNITA lamenta que maioria dos cidadãos ainda sofra


Soldados do MPLA comemoram independência de Angola, 11 de Novembro de 1975
Soldados do MPLA comemoram independência de Angola, 11 de Novembro de 1975

Executivo e oposição assinalam o 61.º aniversário do início da luta de libertação, a 4 de Fevereiro de 1961

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente de Angola exaltou a gesta libertadora dos que desbravaram o caminho para a independência nacional e desafiou as novas gerações a investirem nos estudos, enquanto garantiu as eleições serão justas e transparentes.

O país assinala o 61.º aniversário do início da luta de libertação, a 4 de Fevereiro de 1961.

A UNITA, o principal partido da oposição, lamentou que filhos de Angola que continuam a enfrentar todo o tipo de dificuldades.

Ao discursar no acto central em Saurimo, capital da província da Lunda Sul, Francisco Pereira Furtado enfatizou a "bravura, a coragem e determinação dos heróis” e que essa luta permitiu ainda que Angola viva hoje num "momento de paz e de estabilidade", que lhe permite enfrentar “o desenvolvimento económico, social, cultural e humano".

Os acontecimentos de 1961, segundo Pereira Furtado,"devem constituir uma verdadeira herança para a actual geração de modo a se consolidar o patriotismo, a unidade nacional, o Estado democrático e de Direito e o bem-estar comum dos angolanos".

O governante, que representou o Presidente da República no acto, desafiou os jovens a manifestarem a sua expressão de gratidão aos heróis nacionais de devoção à pátria através da "entrega aos estudos, à formação profissional, ao trabalho e ao respeito da lei e das normas morais de boa convivência social".

Eleições livres

Em termos de desafios, ele reiterou que “o Executivo angolano está empenhado na estabilização da economia e no melhoramento dos índices macroeconómicos” e para que a economia volte a crescer, “precisamos diversificar a nossa economia para que ela não seja dependente do petróleo, precisamos aumentar a produção nacional e diminuir a dependência da importação de produtos".

Francisco Pereira Furtado abordou as eleições que, segundo ele, acontecem na segunda quinzena de Agosto, e garantiu que “serão organizadas para que sejam livres, justas, transparentes e abrangentes".

Para o ministro de Estado, apesar do ano eleitoral, "o que nos une de Cabinda ao Cunene e do mar ao leste é superior às pequenas diferenças políticas que nos separam".

Na sua intervenção, e na qualidade de coordenador da Comissão Interministerial de Prevenção e Combate à Covid-19, Pereira Frutado exortou os cidadãos a aderirem à vacinação.

UNITA diz que angolanos continuam a sofrer

A UNITA, o principal partido da oposição, também saudou “o 4 de Fevereiro por ser um dia importante na nossa história e que seja de reflexão para todos na perspectiva do que cada um, no seu posto, deve fazer para bem servir a nossa pátria”.

Entretanto, no curto comunicado, o secretariado geral do partido liderado por Adalberto Costa Júnior, lamenta,que “os filhos de Angola continuam enfrentando dificuldades de vária ordem".

“Destas dificuldades, destacam-se o não usufruto cabal dos direitos fundamentais e a não satisfação das necessidades básicas para a larga maioria da população de Angola", afirma aquele partido que desafia os patriotas a continuarem a luta por um verdadeiro Estado democrático.

"É nossa convicção de que os verdadeiros nacionalistas e patriotas bater-se-ão sempre para a construção de um verdadeiro Estado democrático e de direito que seja capaz de garantir os direitos fundamentais de todo o cidadão a fim de realizar os anseios e sonhos da almejada nação angolana", conclui a UNITA.

A 4 de Fevereiro de 1961, patriotas angolanos desencadearam um ataque à Cadeia de São Paulo e à Casa de Reclusão, em Luanda, no qual libertaram vários presos políticos.

O evento é apontado como sendo o início da luta armada pela independência nacional.

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