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Governo angolano lança fundo de 500 milhões de dólares para emprego juvenil, economistas pedem transparência

Governo angolano lança fundo de 500 milhões de dólares para emprego juvenil, economistas pedem transparência


Jovens protestam por emprego, Benguela, Angola
Jovens protestam por emprego, Benguela, Angola

O Fundo Nacional para o Emprego de Angola (FUNEA), braço financeiro da Agenda Nacional para o Emprego, tem um valor de 500 milhões de dólares para criar e apoiar projetos de iniciativas públicas e privadas geradoras de emprego.

Economistas felicitam a iniciativa anunciada nesta segunda-feira, 6, mas pedem transparência e alocação de recursos.

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O economista Anastácio Domingos é de opinião que o FUNEA será essencial para financiar iniciativas que fomentem o emprego jovem e sustentem o desenvolvimento das cooperativas.

Ele acentua, no entanto, que a alocação eficiente dos recursos será crucial para o sucesso do programa e que deve haver mecanismos de monitoria e avaliação para que os objetivos sejam alcançados.

Domingos acrescenta que o programa só terá resultados se houver transparência neste fundo.

“Não sei como é que vai se articular esta questão, porque já existem outros programas de apoio à produção, por exemplo, como o PAC, que até hoje ainda não temos balanços e resultados que estes programas, portanto, os resultados criaram estes programas", lembra o economista, para quem "todos os mecanismos que o Executivo põe em marcha para mitigar o problema de emprego devem ser melhor articulados e apoiados por todos, de modo a reduzirmos consideravelmente as taxas de desemprego".

E conclui que "o programa só terá resultados se houver transparência no processo, comprometimento por parte dos atores envolvidos.”

Por seu lado, o também economista Nataniel Fernandes oferece uma perspectiva complementar e enfatiza a importância de uma gestão transparente e da colaboração entre o Governo e o setor privado.

Fernandes argumenta que o envolvimento das empresas privadas pode aumentar a eficácia das cooperativas e ampliar as oportunidades de emprego, "porque o meio para se combater o desemprego é o trabalho de capacitar as pessoas”.

“Para que o FUNEA realmente funcione bem, vai precisar de uma administração transparente e responsável. Ou seja, cada kwanza que entrar no Fundo precisa realmente contar para a missão que se propõe, que é o emprego. E não pode ser nem desperdiçado, nem desviado", lembra Fernandes.

Na cerimónia de lançamento do FUNEA, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, disse que serão criadas cooperativas de jovens voltadas para a prestação de serviços comunitários, que vão gerar rendimentos ao nível das administrações municipais, proporcionando oportunidades de emprego local.

O Fundo irá operar através de concursos públicos abertos a jovens empreendedores e organizações comunitárias e para participar, os candidatos devem ser cidadãos angolanos com idade entre 18 e 35 anos, apresentar um projeto detalhado que demonstre viabilidade técnica e financeira, ter experiência prévia ou formação relevante na área de atuação proposta e comprometer-se a empregar uma percentagem significativa de mão-de-obra local.

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