Para incentivar a economia angolana o governo central deve reduzir o seu tamanho, defendeu o presidente da Associação Industrial de Angola (AIA) José Severino, que manifestou um certo optimismo quanto às perspectivas do país para 2020.
"As perspectivas para 2020 estão contagiadas com algum optimismo mas é preciso que cresçamos acima dos três por cento, que é o crescimento da população, para começarmos a debelar a pobreza e um dos nossos piores males, o desemprego”, lembrou Severino, que defendeu a desburocratização e redução da máquina governamental.
“A AIA já em 2014 propôs a redução do tamanho dos governos provinciais”, lembrou o presidente da AIA que disse que anteriormente os governos provinciais “tinham 32 delegados, hoje sâo 12 delegados e é muito mais fácil trabalhar assim”.
A redução do Executivo é “um desafio que tarde ou cedo o Governo vai que ter que encarar”, para que haja “menos burocracia e mais economia".
A deputada, da UNITA Albertina Navemba Ngolo, também economista, é de opinião que para se saír da crise o Governo tem que implementar “uma verdadeira diversificação da economia, que passa por dar oportunidade e incentivos ao sector privado real”.
“É preciso que o Executivo deixe o discurso e crie um ambiente económico de negócios favoráveis ao investimento estrangeiro”, acrescentou.
Outros analistas acreditam que o ano de 2020 continuará a ser de dificuldades económicas para os angolanos e para o país em geral.
Makuta Nkondo, da CASA-CE, disse não esperar nada de novo “com as mesmas pessoas em 2020”.
“Este é um barco velho enferrujado que tentou mudar com um comandante novo que saiu dos mesmos marinheiros velhos”, advogou.
“Com o MPLA no poder não espero nada de melhor para Angola em 2020", acrescentou Nkondo que diz que "da oposição também não vê solução” porque, segundo disse, os opositores são na sua maioria esfomeados, Kunangas, que andam à procura de formas de sobrevivência”.
“Eu próprio também me incluo nesta oposição”, concluiu.