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Governo angolano contrata empresa chinesa para agilizar emissão de documentos


Posto de emissão de Bilhete de Identidade
Posto de emissão de Bilhete de Identidade

Cidadãos fazem filas a partir das 21 horas na esperança de serem atendidos em Luanda.

Em vésperas do início de mais um ano lectivo, as filas voltam a ser permanentes e cada vez maiores nas casas de registo e postos de identificação para emissão dos bilhetes de identidade, assentos de nascimento e registo criminal na capital angolana.

Crise na emissao de BIs leva govenro angolano a contratar firma chinesa - 2:58
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Falhas de energia eléctrica e queda no sistema de internet são apontadas como razões para as enchentes que se registam nos últimos dias em Luanda.

No início do ano, o acesso às escolas e à procura de empregos leva a uma maior procura dos postos de identificação pelos cidadãos, de acordo com uma fonte do Ministério da Justiça.

Em muitos lugares, como na Vila de Viana, Zango I, Camama, e Kilamba, as pessoas começam a fazer filas a partir das 21 horas na tentativa de poderem ser atendidas no dia seguinte, segundo Daniel Fonseca, um dos utentes no posto de identificação do Kilamba.

A VOA tentou contactar vários responsáveis dos postos de emissão de bilhete de identidade mas todos nos remeteram ao Ministério da Justiça.

Apesar dos esforços, não foi possível falar com o ministro da Justiça de Angola, Rui Mangueira.

Para fazer frente a esta situação que se arrasta há anos, o Governo angolano contratou, por despacho presidencial, a China National Electronics Import & Export Corporation, uma empresa chinesa por um valor de 243 milhões dólares.

A empresa já deve estar a actuar, mas o problemas mantém-se, por agora.

Contudo, o jurista Domingos Betico diz que o ministro da Justiça deve “esclarecer a população sobre as razões das longas filas”.

De acordo com informação do Governo divulgada em Agosto, existem no país 96 postos de registo e emissão de Bilhete de Identidade, 36 dos quais em Luanda, sendo 24 fixos e 12 móveis.

Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou recentemente que apenas cerca de 31 por cento das crianças menores de cinco anos no país possuem uma certidão de nascimento.

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