A recente recusa pelo Governo de Angolano do empréstimodo Fundo Monetário Internacional (FMI) previamente solicitado por Luanda está a dar azo às mais diversas interpretações no país.
Na capital angolana, é voz corrente que o Executivo de José Eduardo dos Santos preferiu priorizar um empréstimo à China, por haver menos exigências em termos de transparência, direitos humanos, democracia e boa governação.
O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, classifica a atitude do Executivo de uma “fuga em frente”. Por ser “prática do Governo cooperar com países que não condicionam as suas ajudas a questões internas”.
Por sua vez, o antigo presidente do Partido Democrático para o Progresso/Aliança Nacional Angolana, Sediangani Mbimbi, considera que a atitude do Governo denota falta de seriedade e acusa o Executivo de não ter informado a sociedade das razões da desistência.
O vice-presidente da CASA-CE, Alexandre Sebastião André, defende que a recusa do empréstimo do FMI pelo Governo resulta do facto de o “Executivo não estar capaz de satisfazer as exigência daquela instituição no tange às questões que podem pôr em causa a estabilidade social no país”.