O governador do Bengo diz haver “motivações políticas encobertas" nas reivindicações dos professores naquela província angolana.
Em declarações proferidas recentemente na cidade de Caxito, João Bernardo de Miranda pediu aos seus colaboradores para “esvaziarem de certos elementos do Sinprof a carga de motivações políticas encobertas nas reivindicações que fazem”.
Ainda assim, o governador sugeriu “conversas permanentes” com o sindicato para receber contribuições "valiosas" para o bom funcionamento do sector, ao mesmo tempo que criticou “a deliberada burocracia de certos funcionários com práticas condenáveis ou indignas”.
Sindicato devolve críticas
Em reacção, o Sinprof considera de insinuações “caluniosas e carregadas de má fé” e acusa o governador de pretender fazer da classe "o bode expiatório dos problemas que o próprio Executivo provincial criou".
O porta-voz local do sindicato, Baxi Paulino Mateus disse à VOA que as reivindicações dos professores são consequência da atitude do Executivo de João Miranda para com os professores.
Desde há muito tempo os professores naquela província angolana exigem melhoria das suas condições de trabalho, carreira e promoções, tendo realizado uma greve para pressionar o Governo.