A recém criada associação de defesa dos direitos humanos Amename-Omuno denuncia a existência de um clima de crispação governamental no Cunene.
O secretário executivo da organização, padre Gaudêncio Felix Yakuleingue, acusa o actual governador do Cunene, General Kundi Paihama, de estar a “intimidar a população e a fazer regredir os ganhos da democracia que a província alcançou ao longo dos tempos”.
Em conversa com a VOA, Gaudencio Yakuleingue rebuscou a figura do malogrado governador António Didalelwa, falecido recentemente, como sendo uma das pessoas mais queridas.
Para o secretário executivo da Amename-Omuno, há na província do Cunene “violência verbal contra a população”.
O sacerdote diz que o “povo não pode a ser tratado desta forma” e é preciso encontrar formas que permitam ao cidadão viver com dignidade e paz no seu território.
Gaudêncio Felix Yakuleingue denunciou, por outro lado, a probabilidade de as comunidades nos próximos dias enfrentarem vários tipos de doenças devido ao consumo de água contaminada pelo lixo hospitalar, um assunto que diz preocupar a organização que dirige e a Igreja Católica também.
A VOA tentou falar com o governador da província do Cunene, mas sem sucesso.