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“Golpe de Estado palaciano” em São Tomé e Príncipe, diz ADI


Patrice Trovoada, em Pequim, China. 5 setembro 2018
Patrice Trovoada, em Pequim, China. 5 setembro 2018

Patrice Trovoada acusa PR de provocar crise político e aponta como causas prováveis candidaturas às Presidenciais

A Ação Democrática Independente (ADI) afirmou esta segunda feira, 13, em comunicado que há um golpe de Estado palaciano em São Tomé e Príncipe, após a demissão do Governo liderado por Patrice Trovoada e nomeação e renúncia de indicados pelo partido maioritário.

Ouvido pela Voz de América, Trovoada acusa o Presidente da República, Carlos Vila Nova, de ter forjado uma crise política e violado a Constituição da República para formar um Governo da sua iniciativa, rejeitando todos os nomes indicados pela ADI para o cargo de primeiro-ministro.

“Presidente da República nomeou um primeiro-ministro da sua cumplicidade que, embora seja militante da ADI, faz parte do complô político que forjou a crise para demitir o XVIII Governo constitucional”, afirmou Trovoada admitindo que a crise política que se instalou no país tem a ver com prováveis candidaturas às eleições presidenciais de 2026.

O líder da ADI assegurou que o partido vai recorrer mais uma vez ao Tribunal Constitucional para pedir a anulação da nomeação de Américo Ramos como primeiro-ministro.

“É triste para a democracia são-tomense, é triste para os democratas. Fala-se dos golpes de Estado militares e toda gente condena, eu quero ver o que vamos fazer contra este golpe de Estado palaciano”, concluiu o líder da ADI.

As demais forças políticas com assento parlamentar ainda não se pronunciaram sobre a nomeação de Américo Ramos.

Depois da demissão do Governo, Carlos Vola Nova pediu à ADI para indicar um novo nome para liderar o Executivo, mas o escolhido, Hélio Vaz de Almeida, foi recusado pelo Presidente da República.

Depois de a ADI enviar uma segunda proposta, com três nomes, o Chefe de Estado nomeou Ilza Amado Vaz que foi, entretanto, exonerada, após enviar um pedido de demissão ao Presidente da República em virtude de ter dado a conhecer os nomes dos membros do Governo antes de ter comunicado a Carlos Vila Nova.

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