A líder do partido da extremadireita Irmãos da Itália Giorgia Meloni deve ser a próxima primeira-ministra italiana de acordo com as sondagens de boca-de-urna da RAO que indica que ela deve conseguir entre 22,5 e 26,5 por cento dos votos.
Com os demais partidos da direita Liga, de Matteo Salvini, e o partido Forza Itália, de Silvio Berlusconi, ela deve formar uma coligação governamental, com os três partidos a poderem conseguir até 45 por cento dos votos colocados nas urnas neste domingo, 25.
A legislação eleitoral favorece os grupos que conseguem criar pactos pré-votação, dando-lhes um número desproporcional de cadeiras no Parlamento em comparação com sua contagem de votos, o que deve acontecer com esta de direita que já tinha acordado que o partido mais votado iria liderar um Governo de direita.
Os resultados finais devem ser anunciados nas primeiras horas de segunda-feira, 26.
Giorgia Meloni e o seu partido são herdeiros do Movimento Social Italiano (MSI), formação neofascista criado em 1946 após a Segunda Guerra Mundial por líderes que faziam parte da República de Saló, um Estado fantoche da Alemanha nazista.
No entanto, ante as acusações de que é alfo por ser uma admiradora do ditador Benito Mussolini, ela retrata o seu partido como um grupo conservador dominante.
Meloni prometeu apoiar a política ocidental na Ucrânia e não assumir riscos indevidos com a terceira maior economia da zona do euro.
A Itália tem um historial de instabilidade política e o próximo chefe do Governo liderará o 68º Executivo do país desde 1946 e enfrentará uma série de desafios, principalmente o aumento dos custos de energia e os crescentes ventos econômicos.
O resultado da votação foi observado com nervosismo nas capitais europeias e nos mercados financeiros, dado o desejo de preservar a unidade nas negociações com a Rússia e as preocupações com a assustadora montanha de dívidas da Itália.
Washington —