A TAAG poderá suspender os voos entre Luanda e Praia, em Cabo Verde, caso não receba incentivos ou subsídios para manter a rota considerada deficitária.
O aviso foi dado por Peter Hill, presidente do Conselho de Administração, ao jornal angolano Valor Económico, em entrevista publicada nesta segunda-feira, 31.
Aquele gestor, indicado pela Emirates desde Setembro de 2015, defende o subsídio do Governo angolano ou a isenção de taxas por parte do Executivo cabo-verdiano.
"O voo para Cabo Verde, por exemplo, leva 5,5 horas no meio do oceano Atlântico. É uma rota muito cara, pois custa-nos 2,5 milhões de dólares por ano, para transportar apenas, em média, 20 pessoas por voo", aponta Hill, adiantando que a TAAG não pode dar-se a “ese luxo”.
"Claro, que se o Governo nos disser: 'queremos que mantenha o voo e estamos preparados para subsidiá-lo', nós aceitaremos", explica Hill, que também admitie manter o voo se o Governo de Cabo Verde oferecer algumas vantagens, como a redução das taxas de aterragem e o custo de combustível, entre outras.
Peter Hill, britânico de nacionalidade, é um consultor internacional de empresas de aeronáuticas, com especialidade em ´start-ups’ aéreos e ‘rebranding’.
Antes da TAAG, Hill dirigiu as companhias aéreas do Oman (2008-2011) e Sri Lanka (1999-2008), além de várias consultorias à FlyDubai e GM Commercial.
Hill é membro fundador da Emirates, a companhia que o levou à TAAG.