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Gestão de recursos naturais criticada em Moçambique


Extracção de carvão em Moatize
Extracção de carvão em Moatize

Lei estipula que 2,5 por cento dos recursos sejam alocados nas comunidades, mas não é cumprida

A Plataforma da Sociedade Civil para os Recursos Naturais e Indústria Extractiva de Moçambique acusa o Governo de falta de transparência na gestão e canalização de receitas provenientes da exploração de recursos minerais e petrolíferos para as comunidades das áreas exploradas.

Gestão de recursos naturais criticada em Moçambique
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A denúncia foi feita nesta segunda-feira, 28, numa reunião entre os membros do Governo e organizações da sociedade civil.

De acordo com a plataforma, as comunidades podem estar a ser lesadas no que diz respeito aos benefícios que recebem como contrapartida da exploração pelas multinacionais, dos recursos naturais nas zonas que durante gerações protegeram.

Segundo a lei, as companhias que exploram recursos como o carvão, o gás natural e outros recursos minerais, devem canalizar 2,5% das suas receitas anuais para benefício das comunidades, porém, a falta de transparência neste processo, cria dúvidas sobre a sua efectiva realização.

Outro aspecto criticado pela plataforma é a fraca participação das comunidades beneficiárias no processo de tomada de decisão sobre o destino a dar aos valores canalizados pelas multinacionais.

Numa reunião com organizações da sociedade civil, o Governo ouviu as críticas e tomou notas.

Em jeito de resposta, o Exeutivo disse que ainda que algumas são apenas percepções, reconheceu que há ainda aspectos que devem ser melhorados, em nome da transparência e maior eficácia da aplicação dos fundos a que as comunidade tem direito para o seu desenvolvimento.

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