Declarações do General Francisco Furtado, Chefe da Casa de Segurança do presidente angolano, segundo o qual existe uma conspiraçao para criar instabilidade em Angola foram descritas por um deputado da UNITA de “patetices” que deveriam requerer tratamento psiquiátrico.
Furtado disse aos meios de informação do estado que existem grupos de pessoas que incentivam os jovens a práticas que chamou de subversivas com o objectivo de criar instabilidade em Angola.
Joaquim Nafoia deputado à Assembleia Nacional pela UNITA disse que a instabilidade que possa existir se deve “mais pela má governação do partido do General Furtado”.
“As declarações deste senhor não devem ser levado a sério, dizem muitas patetices”, disse Nafoia.
“Pensar e dizer isto dos jovens angolanos, em situação normal esta gente
devia ser levada a psiquiatria, para ser tratado", acrescentou
O reverendo Ntoni a Nzinga que dirigiu o Comité para a Paz nos anos 90 disse que as declarações indicam que “os nossos militares ainda não aprenderam até hoje, pensam que Angola deve ser controlada pela ponta das armas”.
“O General Furtado não deve abraçar este tipo de declarações sem pensar na política real de Angola, é necessário que nos sentemos à mesma mesa porque o que temos hoje não é paz", acrescentou
José Severino é empresário e presidente da Associação Industrial de Angola diz que o problema dos jovens são “o desemprego que ainda é muito alto ie que se faz reflectir na vida dos jovens e , o outro problema é a carência de habitação o que leva a criar uma pressão sobre os políticos para se resolver estes problemas".
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O sociólogo João Sassando deixa um recado às autoridades no geral e ao chefe da Casa militar em particular.
"Às autoridades angolanas mais do que enveredar neste paradigma de que os jovens são sempre manipulados devem antes aproximar-se mais e ouvir o clamor da juventude porque no fim o jovem só quer estabilidade social e para isso deve-se abrir um leque de oportunidades para que o jovem se realize e não estes pronunciamentos que só divide ainda mais", disse
Osvaldo Caholo é militar e professor universitário, entende que."todo aquele que decidem bater-se pela libertação de Angola é óbvio que vai ser visto como instrumentalizado,
porque estes dirigentes temem que estes lhes tirem o pão da boca e os privilégios que têm“.
Esses indiv’iduos, acrescentou, “vão ser sempre encarados como instrumentalizados e financiados”.
“O General Furtado ainda pensa que os angolanos não têm consciência e são acéfalos", afirmou
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