O general na reserva António Andrade refutou a acusação de que ele e os filhos Miguel e Natasha Andrade sejam alvos de uma acção judicial nos Estados Unidos interposta pela empresa Africa Growth Corporation (AGC),que alega ter sido despojada ilegalmente de propriedades imobiliárias em Angola.
A acção judicial, de acordo com a AGC, envolve igualmente o Estado angolano e outras figuras públicas, acusadas de dar cobertura ao alegado acto por ela contestado.
O Procurador-Geral da República (PGR) João Maria de Sousa apontou, na sexta-feira última, após uma reunião do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público, que os actos da vida privada do referido general não podem vincular o Estado angolano.
“Terá efectivamente praticado irregularidades consideradas graves, que foram objecto de apreciação pelo Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público", explicou o general João Maria de Sousa.
Em carta enviada à agência de notícias Angop,António Andrade, questiona a real motivação que levou o Procurador-Geral da República, na qualidade de garante da legalidade, que dispõe de mecanismos legais que o permitem fazer previamente as devidas verificações e dar tratamento de forma competente, profissional e isenta, “vir publicamente pôr em causa o bom nome, a honra e a dignidade do general Andrade e da sua família”.
Para o jurista Manuel Moureira Pinheiro, o PGR agiu apenas para prevenir o crime.
“O Procurador tem toda a legitimidade de agir assim porque veio apenas prevenir o crime uma vez que a família estava arrastar o próprio estado” disse Pinheiro.
O general aclarou que “a família Andrade não tem e nunca teve negócios com a África Growth Corporation (AGC)” e teve conhecimento da alegada acção judicial por via das redes sociais, não tendo, até agora, recebido nenhuma notificação de qualquer órgão competente nesta matéria em Angola ou nos Estados Unidos.