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Gâmbia vai criar uma Comissão da Verdade e Reconciliação


Manifestante exibe, em Serrekunda, Gâmbia, um cartaz com os dizeres "Fim da picada, Jammeh"
Manifestante exibe, em Serrekunda, Gâmbia, um cartaz com os dizeres "Fim da picada, Jammeh"

E o novo presidente diz que o povo decidirá quanto tempo ficará no poder.

O novo Presidente da Gâmbia, Adama Barrow, diz que será criada uma Comissão da Verdade e Reconciliação para analisar as acusações de má governação durante os 22 anos em que Yahya Jammeh dirigiu o país.

Numa entrevista à VOA, Adama Barrow disse que 22 anos foi um longo período e o povo quer conhecer a verdade.

Um conselheiro de Adama Barrow disse à imprensa que antes de deixar o país, Yahya Jammeh roubou 11 milhões de dólares americanos e carros de luxo saíram de Banjul, a capital, num cargueiro.

Grupos de direitos humanos denunciaram abusos de Jammeh durante os anos em que esteve no poder, incluindo a prisão de opositores políticos e jornalistas.

Jammeh deixou a Gâmbia, no sábado, com destino a Guiné-Conacri, após várias rondas de negociações lideradas pela Comunidade Económica da África ocidental.

Nessas negociações, os líderes da África ocidental não concordaram em conceder imunidade a Jammeh, disse, ontem, o ministro dos negócios estrangeiros do Senegal, Mankeur Ndiaye.

Barrow promete reformas…

Após perder as eleições de 1 de Dezembro, Jammeh aceitou os resultados, mas uma semana depois alegou fraude para justificar a sua continuidade no poder.

O novo Presidente recusou um pedido de Jammeh continuar na Gâmbia baseado no facto de que não poderia garantir a sua segurança.

Barrow, de 51 anos, promete reformas eleitorais para garantir que os futuros presidentes não manipulem os seus mandatos.

Mas em relação aos mandatos que gostaria de ter na presidência, Barrow diz que o povo é que decidirá.

Outra promessa de Barrow é a profissionalização das forças de defesa e segurança.

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