Dois grupos que estiveram envolvidos na luta no Mali no início deste ano e que levaram a cabo dois atentados suicidas no Níger em Maio, decidiram fundir-se para lutar contra o que chamaram de “campanhas de cruzada” da França e seus aliados contra os muçulmanos.
Através de publicações na agência de imprensa da Mauritânia – ANI – os dois grupos afirmaram que estavam em fusão. As suas relações são descritas como fortes, e ambos são descritos como braços da al-Qaida argelina – a dominante no Magreb, AQMI.
A agência ANI cita um comunicado escrito, afirmando que o novo grupo é composto de combatentes “do Nilo ao Atlântico” para combater o que chamou de “campanha sionista contra o Islão e os Muçulmanos.”
O novo grupo propõe apoiar os islamitas no Egipto e prometeu atacar a França e seus aliados em vingança da intervenção militar liderada pela França contra com os grupos de milícias no norte do Mali este ano.
O grupo passa a ser denominado de “Mourabitounes,” Arabes para Almoravids, uma dinastia berbere fundada há cerca de 1000 anos que se expandiu até ao sul do Senegal.
O professor universitário senegalês, Bakary Sambe é especialista em movimentos radicais islâmicos no Magreb e na África-Subsaariana.
Eram exércitos Berberes da etnia dos Moor no Sahara que conquistaram o Norte de África e uma parte do Sul da Espanha entre os séculos XI e XII. Ao recuperam este nome, o novo grupo está a basear-se na história e do papel que essa dinastia desempenhou na expansão do islão pela África Ocidental. O nome também reflecte o desejo dos militantes em se reagrupar a ser seguir as perdas no Mali” – palavras do universitário senegalês Bakary Sambe.
Anthony Skinner, presidente do centro de pesquisas sobre o Médio Oriente e África do Norte, da Maplecroft com sede em Londres, considera a anunciada fusão uma “publicidade hábil.”
“Eles estão atentos ao facto da dinâmica regional na Líbia, Mali e Egipto, e a um certo na Tunísia, estar a seu favor. Se olhar para os comunicados de Ayman a-Zawahiri, o chefe da al-Qaida, toda a narrativa é a tentativa de se engajar em processos políticos, na democracia, é fútil como tem sido testemunho da Irmandade Muçulmana no Egipto, onde houve um golpe para derrubar o antigo presidente Mohamed Morsi. A esperança, é que esta narrativa, essa retórica, vai certamente encorajar os desafeiçoados, os jovens frustrados e desiludidos a se juntarem ao islão, ou seja ele, um islão pervertido, e que possam juntar-se a sua classe.
Anthony Skinner adianta que a ameaça de ataques assimétricos ainda permanece alta no Norte de África como na região do Sahel, em partes devido as fronteiras porosas e da persistente instabilidade na Líbia.
O analista disse igualmente ser difícil conhecer o poder de acção do novo grupo.
O grupo MUJAO – Movimento para União e Jihad na África Ocidental, afastou-se da AQMI em 2011, propondo expandir a luta mais ao sul do continente. O mesmo grupo chegou a controlar a cidade de Gao no norte do Mali até que os ataques aéreos franceses e tropas no terreno, forçaram-no a retirar-se em Janeiro.
O antigo comandante da AQMI e procurado terrorista argelino, Mokhtar Belmokhtar fundou por sua vez o seu grupo, Brigada dos que assinam com sangue, logo a seguir a intervenção liderada pela França no Mali. O mesmo grupo levou a cabo um dos maiores ataques de terror jamais vistos na região desde Janeiro, quando os seus combatentes assaltaram a instalação gasífera de Ain Amenas no leste da Argélia fazendo reféns 600 pessoas e morto pelo menos 37 delas. Todas as vítimas eram cidadãos estrangeiros.
O novo grupo surgido dessa fusão, ainda não anunciou o seu líder, isso apesar da agência mauritaniana de notícias, ter reportado que não será para já um argelino.
Através de publicações na agência de imprensa da Mauritânia – ANI – os dois grupos afirmaram que estavam em fusão. As suas relações são descritas como fortes, e ambos são descritos como braços da al-Qaida argelina – a dominante no Magreb, AQMI.
A agência ANI cita um comunicado escrito, afirmando que o novo grupo é composto de combatentes “do Nilo ao Atlântico” para combater o que chamou de “campanha sionista contra o Islão e os Muçulmanos.”
O novo grupo propõe apoiar os islamitas no Egipto e prometeu atacar a França e seus aliados em vingança da intervenção militar liderada pela França contra com os grupos de milícias no norte do Mali este ano.
O grupo passa a ser denominado de “Mourabitounes,” Arabes para Almoravids, uma dinastia berbere fundada há cerca de 1000 anos que se expandiu até ao sul do Senegal.
O professor universitário senegalês, Bakary Sambe é especialista em movimentos radicais islâmicos no Magreb e na África-Subsaariana.
Eram exércitos Berberes da etnia dos Moor no Sahara que conquistaram o Norte de África e uma parte do Sul da Espanha entre os séculos XI e XII. Ao recuperam este nome, o novo grupo está a basear-se na história e do papel que essa dinastia desempenhou na expansão do islão pela África Ocidental. O nome também reflecte o desejo dos militantes em se reagrupar a ser seguir as perdas no Mali” – palavras do universitário senegalês Bakary Sambe.
Anthony Skinner, presidente do centro de pesquisas sobre o Médio Oriente e África do Norte, da Maplecroft com sede em Londres, considera a anunciada fusão uma “publicidade hábil.”
“Eles estão atentos ao facto da dinâmica regional na Líbia, Mali e Egipto, e a um certo na Tunísia, estar a seu favor. Se olhar para os comunicados de Ayman a-Zawahiri, o chefe da al-Qaida, toda a narrativa é a tentativa de se engajar em processos políticos, na democracia, é fútil como tem sido testemunho da Irmandade Muçulmana no Egipto, onde houve um golpe para derrubar o antigo presidente Mohamed Morsi. A esperança, é que esta narrativa, essa retórica, vai certamente encorajar os desafeiçoados, os jovens frustrados e desiludidos a se juntarem ao islão, ou seja ele, um islão pervertido, e que possam juntar-se a sua classe.
Anthony Skinner adianta que a ameaça de ataques assimétricos ainda permanece alta no Norte de África como na região do Sahel, em partes devido as fronteiras porosas e da persistente instabilidade na Líbia.
O analista disse igualmente ser difícil conhecer o poder de acção do novo grupo.
O grupo MUJAO – Movimento para União e Jihad na África Ocidental, afastou-se da AQMI em 2011, propondo expandir a luta mais ao sul do continente. O mesmo grupo chegou a controlar a cidade de Gao no norte do Mali até que os ataques aéreos franceses e tropas no terreno, forçaram-no a retirar-se em Janeiro.
O antigo comandante da AQMI e procurado terrorista argelino, Mokhtar Belmokhtar fundou por sua vez o seu grupo, Brigada dos que assinam com sangue, logo a seguir a intervenção liderada pela França no Mali. O mesmo grupo levou a cabo um dos maiores ataques de terror jamais vistos na região desde Janeiro, quando os seus combatentes assaltaram a instalação gasífera de Ain Amenas no leste da Argélia fazendo reféns 600 pessoas e morto pelo menos 37 delas. Todas as vítimas eram cidadãos estrangeiros.
O novo grupo surgido dessa fusão, ainda não anunciou o seu líder, isso apesar da agência mauritaniana de notícias, ter reportado que não será para já um argelino.