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Funcionários da Mecanagro dizem passar fome em Malanje


Quarto de três seguranças da Mecanagro
Quarto de três seguranças da Mecanagro

Cerca de mil trabalhadores aguardam por salários, integração profissional e indemnizações

Cerca de mil trabalhadores da Empresa Nacional de Mecanização Agrícola de Angola (Mecanagro) continuam por receber os seus salários há mais de um ano.

Em Malanje, onde o ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, anunciou em Maio a extinção da empresa, 49 antigos funcionários da Direcção Regional Norte admitem estarem a passar uma penúria alimentar sem precedentes.

Manuel José Pinto, chefe do Departamento Comercial, Manuel José Pinto, disse que a fome afecta as famílias em todo o país.

“Desde a data que ele (ministro) prometeu até agora não disse nada. Estamos aqui a sofrer, todos os trabalhadores que tinham uma constituição física boa todos estão desnutridos”, disse Pinto.

As “propinas estão por pagar, muitos alunos estão a ser corridos da escola, há factura de luz por pagar, e vamos pagar como, com capim?”, perguntou aquele funcionário.

Domingos Agostinho
Domingos Agostinho

Domingos Agostinho é um dos três seguranças da empresa e afirmou que há mais de 90 dias não recebem qualquer apoio.

“A alimentação está muito mal, muito mal, estamos há três meses quase sem alimentação, estamos a cozinhar na lenha”, lamentou.

Lucrécia António de Brito
Lucrécia António de Brito

A responsável da Secção de Gestão de Pessoal da Mecanagro, Lucrécia António de Brito, confirmou que o Ministério da Agricultura e Florestas está a mandar para as trevas funcionários que aguardam pela aposentação.

Ouça a reportagem sobre a situação dos antigos trabalhadores:

Trabalahdores da extinta Mecanagro à fome - 1:50
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