Os funcionários da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola, mostram-se descontentes por não terem visto até ao momento as suas revindicações satisfeitas e admitem avançar para uma nova greve.
Os sindicalistas, que na última greve de 15 dias realizada em Julho denunciaram perseguições, ameaças de prisão e descontos salariais em algumas províncias, dizem que o novo Executivo pode ser "recebido" com mais uma greve caso não houver resposta nos primeiros 15 dias do seu mandato.
Nem o Procurador-Geral da República, general João Maria de Sousa, nem da Casa Civil da Presidência da República, entidade que recebeu as reivindicações há mais de 120 dias da parte do Ministério Público, deram qualquer resposta às preocupações entregues pelo Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da PGR.
“O novo Executivo pode ser recebido com uma greve caso não responda às nossas revindicações a tempo e hora”, promete Lourenço Domingos, responsável do Sindicato.
Ele lembra que constam das preocupações “a melhoria das condições laborais, aumento salarial, promoções e reconversão de categorias”.
Refira-se que no início do segundo semestre muitas instituições do Estado promoveram greves e muitas delas foram suspensas parcialmente e poderão ser retomadas a qualquer momento.