Os funcionários da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola em greve, desde segunda-feira, 10, denunciam perseguição, ameaças de prisão e descontos salariais por parte dos procuradores em algumas províncias para quem aderir à greve que tem a duração de 15 dias.
Entretanto, o Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da Procuradoria-Geral da República encoraja os grevistas a não recuarem.
O sub-procurador-geral da República na Huila e procuradores de Luanda são acusados de ameaçarem de prisão os trabalhadores que exigem melhores condições de trabalho, aumento salarial, promoção e reconversão de categorias e subsídios de risco.
As reivindicações constam de um caderno reivindicativo remetido em 2014 à entidade patronal.
“Principalmente o procurador da Huila, o procurador Tito, e os procuradores daqui de Luanda”, acusa Lourenço Domingos, responsável do Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da Procuradoria-Geral da República.
O sindicalista encoraja os trabalhadores a não cederem às ameaças dos procuradores porque “não vamos parar”.
Ele apela aos colegas “que tenham coragem até publicarem os nossos diplomas legais”.
Até ao momento, nem o Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa, nem a Casa Civil da Presidência da República, entidade que recebeu as reivindicações há 90 dias da parte do Ministério Público , responderam ao caderno reivindicativo dos funcionários.