Os funcionários judiciais e do Ministério Público em São Tomé e Príncipe, em greve há 22 dias, vestiram-se de preto e protestaram nesta quarta-feira, 29, contra a decisão do Conselho Superior do Ministério Público de recorrer à requisição civil para garantir a prestação dos serviços mínimos no sector.
O sindicato dos funcionários acusa o Procurador-Geral da República de coagir os grevistas.
Os trabalhadores em greve há três semanas dizem-se indignados com a decisão do Conselho Superior do Ministério Público que, segundo eles, deveria agir no sentido de resolver as reivindicações sobre a mesa, em vez de intimidar os grevistas com processos disciplinar, corte de salário e requisição civil.
Entrevistado pela VOA, o analista Liberato Moniz considera que esta greve já começa a ter consequências muito graves para a sociedade.
“Muitos julgamentos foram cancelados e há vários reclusos em prisão preventiva a aguardar que sejam postos em liberdade. Tudo isto cria um grande transtorno”, explicou Liberato Moniz.
De recordar que os funcionários em greve exigem o pagamento dos seus vencimentos de acordo com a lei 89-90.