Em carta dirigida ao Tribunal Supremo da República de Angola (TS), a organização Friends of Angola (FOA), sediada nos Estados Unidos, apelou ao TS a reapreciação do caso do pastor José Julino Kalupeteka, neste 27 de Agosto.
A FOA justifica o apelo com o facto de o recurso "repousar" no TC e "porque em primeira instância há sinais de não terem sido escrupulosamente observados os princípios fundamentais do código processual penal".
No apelo da FOA, a organização faz referência a analistas que consideram que a sentença aplicada ao réu não se adequa ao crime de que é acusado.
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José Julino Kalupeteka, líder da seita "A Luz do Mundo", foi condenado a 28 anos de prisão por nove crimes de homicídio qualificado e por sete de homicídio frustrado praticados em Abril de 2015, no município da Caala, no Monte Sumi, província do Huambo.
A defesa recorreu da sentença, mas "passados dois anos, o Tribunal Supremo ainda não se pronunciou. Zola Bambi, um dos advogados de defesa de Kalupeteka, considera este silêncio incomum, mas não estranha, pois diz ser mais um exemplo da forma parrcial como o julgamento foi conduzido", lê-se na carta da FOA.
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Em jeito de conclusão, o directo executivo da FOA, Florindo Chicuvute, apela à sociedade civil, comunidades religiosas, ONGs e especialistas em matéria de direito que dêem atenção e questionem o "modus operandi" que terá "servido um propósito político imediato, mas a longo prazo terá consequências nefastas para a nossa débil sociedade".
"Os actos processuais do Tribunal Provincial do Huambo aplicados aos crentes da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia «A Luz do Mundo» - suscitam sérias dúvidas em relação à imparcialidade das autoridades jurídico-políticas".