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Frente Patriótica Unida pede que Biden ouça a sociedade civil e fale ao Parlamento


Da esquerda para a direita: Abel Chivukuvuku, Adalberto Costa Júnior, Filomeno Vieira Lopes - apresentação da Frente Patriótica Unida. Luanda, Angola. 5 de Outubro 2021
Da esquerda para a direita: Abel Chivukuvuku, Adalberto Costa Júnior, Filomeno Vieira Lopes - apresentação da Frente Patriótica Unida. Luanda, Angola. 5 de Outubro 2021

UNITA, PRA-Ja Servir Angola e BE “esperam que a visita "seja efetivamente a Angola" e faça jus aos preceitos por ele mesmo defendidos”

Os partidos e a representação da sociedade civil angolana que integram a Frente Patriótica Unida (FPU) querem que o Presidente dos Estados Unidos, durante a visita a Angola, dê o exemplo da pluralidade que defende nos seus discursos, que se encontre com representantes da sociedade civil e que se dirija à Assembleia Nacional.

Num comunicado divulgado nesta quarta-feira, 2, a frente constituída pela UNITA, Bloco Democrático, Projeto Político PRA-JÁ Servir Angola e um representante da sociedade civil diz esperar que “Joe Biden dê um exemplo da pluralidade defendida nos seus pronunciamentos e além dos encontros que possa ter com representantes do Governo, encontre a sociedade angolana, intervenha na Assembleia Nacional e deixe uma mensagem positiva da sua única viagem ao continente africano onde, infelizmente, muitos regimes no poder possuem legalidade atribuída, mas não carregam consigo a legitimidade que só os seus povos podem atribuir em regulares eleições democráticas, livres, justas e transparentes”.

Na nota que considera o seu “posicionamento sobre a visita que o Presidente Joe Biden efetuará a Angola”, de 13 a 15, a FPU afirma que segue “as regulares intervenções dos diversos Presidentes dos Estados Unidos, nomeadamente de Barack Obama, e agora mesmo há duas semanas na Assembleia Geral da ONU, do Presidente Joe Biden, em que afirmou a importância das instituições e da valorização do interesse nacional em vez dos projectos pessoais”.

Por isso, aqueles partidos “esperam que esta visita seja efetivamente a Angola, na sua pluralidade e faça jus aos preceitos por ele mesmo defendidos”.

Os subscritores do documento, Adalberto Costa Júnior, da UNITA, Abel Epalanga Chivucuvuku, Projeto PRA-JÁ Servir Angola, Filomeno Vieira Lopes, do Bloco Democrático, e Francisco Viana, membro da sociedade civil, dstacam que veem "os Estados Unidos da América como uma grande democracia, com instituições que respeitam as liberdades individuais e coletivas, com o escrupuloso respeito pela independência do poder judicial, com uma imprensa livre que pratica de forma rigososa o contraditório e com acesso livre de todos os atores políticos aos órgãos de comunicação social”.

A FPU ressalta que, “infelizmente todos pressupostos acima enunciados são negados em Angola, como os relatórios do próprio Departamento de Estado americano têm regularmente publicado”.

Até agora, não foi divulgada a agenda da visita.

Ao anunciar a visita, a 24 de setembro, a Casa Branca informou que Biden e João Lourenço vão discutir o aumento da colaboração em prioridades compartilhadas, incluindo o fortalecimento “das nossas parcerias económicas que mantêm as nossas empresas competitivas e protegem os trabalhadores".

Na ocasião, será assinado "um projeto de assinatura da Parceria do G7 para Infraestrutura e Investimento Global (PGI), que avança a nossa visão conjunta para a primeira rede ferroviária transcontinental de acesso aberto de África que começa no Lobito e, finalmente, conectará o Oceano Atlântico ao Oceano Índico".

Para os EUA, a assinatura da parceria pretende o fortalecimento da "democracia e o engajamento cívico, intensificando a ação sobre segurança climática e transição para energia limpa; e melhorando a paz e a segurança".

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