A UNITA, o Bloco Democrático e o Projecto Pra-Ja Servir Angola lançaram oficialmente nesta terça-feira, 5, em Luanda, a Frente Patriótica Unida (FPU), que visa unir aquelas forças da oposição na corrida às eleições de 2022.
O presidente do maior partido da oposição, Adalberto Costa Júnior vai liderar este movimento ad hoc, que, segundo os seus promotores, não toma a forma de uma coligação eleitoral formal para evitar eventuais constrangimentos que poderiam ser levantados pelo Tribunal Constitucional.
Adalberto Costa Júnior defendeu o que chamou de “plataforma de esperança” que demonstra ser possível diferentes entidades trabalharem juntos para fazer frente à realidade difícil em que vivem a maior parte dos angolanos.
"É possível trabalharmos todos juntos e responder à vontade do soberano que é o povo e que tem pedido que nos juntemos para este objectivo", sublinhou o agora líder da Frente na sua intervenção, em que realçou a coragem dos seus colegas Abel Chivukuvuku e Filomeno Vieira Lopes, ao preferirem o colectivo ao individual.
Angola, segundo ele reclama por uma alternância, “que é um imperativo nacional porque há que resolver de imediato o desespero da população angolana”.
Por seu lado, Filomeno Vieira Lopes disse que "há uma ausência clara de igualdade dos cidadãos", nomeadamente no acesso aos meios de comunicação públicos que “distorcem e impedem a funcionalidade da democracia angolana”.
"A elite do MPLA tem escrito na sua base genética o assalto desenfreado aos bens públicos e o abandono total dos cidadãos à sua sorte, incapacidade crónica de concluir qualquer projecto de desenvolvimento nacional", criticou Vieira Lopes.
O antigo líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku destacou a "coragem e a visão da FPU e apontou que o seu objectivo “é a construção de uma alternância política para 2022 em Angola”.
A FPU terá como candidato a Presidente da República, Adalberto Cosa Júnior, e Abel Chivukuvuku como candidato a vice-presidente.