A Frente Patriótica Unida /FPU) tem ainda que esclarecer alguns aspectos da sua plataforma política, mas pode ser o primeiro passo para o afastamento do MPLA do poder, disse o analista angolano Agostinho Sicato.
O activista Nuno Dala espera que a plataforma possa evoluir ainda mais.
Sicato acrescentou que só com uma verdadeira união das forças políticas o MPLA poderá passar à oposição e afirmou ter ficado bem impressionado com a imagem dada pelos líderes da FPU na apresentação da iniciativa.
"Se a imagem que os líderes passaram hoje é a imagem real claramente que o MPLA pode ir para a oposição”, disse em referência às manifestações públicas de unidade de Adalberto Costa Júnior, da UNITA, Filomeno Vieira Lopes, do Bloco Democrático, e Abel Chivukuvuku, do projecto Pra-Já Servir Angola.
Sicato afirmou, no entanto, ser preciso esclarecer alguns aspectos na plataforma política apresentada nessa ocasião.
“A Frente precisa esclarecer a nível dos próprios partidos políticos até que ponto os membros dos partidos políticos concordam com esta frente”, acentuou.
Por seu lado, o activista Nuno Dala disse estar confiante que, com tempo, a plataforma poderá fortalecer-se ainda mais.
“Uma das principais razões destas dúvidas reside na falta de informação, e com as fases que o projecto suporta muitas questões vão ser esclarecidas” concluiu.
O anúncio
A UNITA, o Bloco Democrático e o Projecto Pra-Ja Servir Angola lançaram oficialmente nesta terça-feira, 5, em Luanda, a Frente Patriótica Unida (FPU), que visa unir aquelas forças da oposição na corrida às eleições de 2022.
O presidente do maior partido da oposição, Adalberto Costa Júnior vai liderar este movimento ad hoc, que, segundo os seus promotores, não toma a forma de uma coligação eleitoral formal para evitar eventuais constrangimentos que poderiam ser levantados pelo Tribunal Constitucional.