A Frelimo perdeu a maioria qualificada no parlamento de acordo com o apuramento intermédio anunciado hoje pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral. Segundo os dados, a Frelimo conseguiu 57 por cento dos votos o que lhe permitirá ter 140 deputados. Na última legislatura tinha 191 lugares na Assembleia da República.
Apesar da queda, a Frelimo mantém a maioria absoluta, mas não conseguirá mexer nas leis principais do país, nem proceder à revisão da Constituição sem negociar com a oposição.
Entretanto, a oposição, no seu todo terá na próxima legislatura 108 deputados, dos quais 89 da Renamo, que conseguiu 34 por cento dos votos, e o MDM, 19 assentos, relativos a 9 por cento dos votos expressos no passado dia 15 de Outubro.
Segundo os dados divulgados, a Frelimo conseguiu a maioria a nível das províncias, em Maputo, cidade de Maputo, Gaza, Inhambane e Cabo Delgado. Em Nampula, Zambézia e Sofala, a oposição, Renamo e MDM conseguiram juntos a maioria dos assentos para a Assembleia da República, enquanto em Niassa e Manica a Frelimo e os dois partidos da oposição dividiram os lugares equitativamente.
Para a Presidência da República, Filipe Nyusi, da Frelimo, confirmou os 57 por cento projectados inicialmente, Afonso Dhlakama conseguiu 36 por cento e Daviz Simango arrecadou 6 por cento.
Numa comparação entre os resultados dos candidatos e dos respectivos partidos, Filipe Nyusi teve a mesma percentagem que o seu partido Frelimo, 57 por cento, Afonso Dhlakama conseguiu 36 por cento, ou seja mais do que a Renamo que ficou pelos 34 por cento e Daviz Simango somou 6 por cento, menos que o MDM, que obteve 9 por cento. A
A Comissão Nacional de Eleições tem até o dia 30 para confirmar os resultados gerais das eleições em Moçambique.