Links de Acesso

Frelimo garante que o Estado não está partidarizado e ignora oposição


Ministério do Trabalho, Maputo
Ministério do Trabalho, Maputo

A Renamo acusa a Frelimo de pretender perpetuar a injustiça social na função pública e de estar a fazer o país regressar ao sistema de partido único

A Assembleia da República de Moçambique aprovou, esta semana, na generalidade, a Lei Base de Organização da Administração do Pública, apenas com voto maioritário da Frelimo. Segundo o Governo, esta lei vem clarificar a estrutura das instituições do Estado, sua organização, funcionamento e, sobretudo, os mecanismos de fiscalização. Mas, a oposição discorda e votou contra.

A Renamo, o maior partido da oposição com assento parlamentar, acusa a Frelimo de pretender perpetuar a injustiça social na função pública e de estar a fazer o país regressar ao sistema de partido único.

No Parlamento, a Frelimo não aceitou a inclusão de um artigo proposto pela Renamo, referindo-se especificamente à despartidarização do Estado e criminalizando a instalação de células partidárias nas instituições públicas.

Damião José, porta-voz parlamentar da Frelimo, em entrevista à VOA, nega que as instituições do Estado estejam partidarizadas e argumenta que a presença de militantes do seu partido se deve apenas à sua popularidade, negando a existência qualquer tipo de discriminação nos organismos oficiais.

A deputada Gania Mussagy, da Renamo, que participou no debate ao nível da Assembleia da República, reafirma que o aparelho de Estado está partidarizado pela Frelimo, sendo de notar que os funcionários que não são do partido do governo são discriminados na progressão das suas carreiras profissionais.

XS
SM
MD
LG