O pensamento dos países socialistas de ajudar os país recém-independentes a desenvolver, “não foi corroborado com factos”, disse o ex-estadista moçambicano Joaquin Chissano.
Chissano, escreve “O País” de Maputo, disse que “houve uma visita à União Soviética, em 1983, onde foi descoberto de haviam muitos problemas” com o aliado socialista.
O ex-estadista Chissano afirmou que descoberta disso levou Moçambique a procurar uma aproximação aos aliados capitalistas, com realce para os Estados Unidos da América e Inglaterra.
Tal aproximação, disse Chissano, constituiu uma das viragens que antecederam as reformas económicas e constitucionais de Moçambique.
Aproximação aos Estados Unidos
Samora Machel, primeiro presidente de Moçambique, fez a sua única visita de de Estado à América, em setembro de 1985, na administração de Ronald Reagan, em plena guerra fria; e conflito civil em Moçambique, opondo as forças governamentais e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
Após conversações na Casa Branca, segundo escreveu o New York Times, Reagan disse que estava grato pelo facto de Machel estar a fortalecer os laços com o ocidente.
O jornal cita Reagan afirmando que "pensamos que vale a pena tentar deixá-lo ver o que é o nosso sistema e ver que pode ser bem-vindo no mundo ocidental".
Um ano depois da visita, Samora Machel morreu, em território sul-africano, num acidente aéreo, cujas causas ainda não foram claramente explicadas. Ele viajava num avião de fabrico e tripulação soviéticos.
Machel foi substituído por Chissano, que logrou iniciar conversações com a Renamo e realizar as primeiras eleições multipartidárias, em 1994.